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Por que os times da NFL têm OTAs (Organized Team Activities) e como se pode maximizar seus resultados

Esta é a época do ano em que todas as equipes da NFL saem da sala de aula e vão para o campo, na tentativa de estabelecer o tom para os treinos oficiais que se iniciam no fim de julho. Cada equipe inicia cada temporada com um calendário obrigatório de dias de treino sem os equipamentos de proteção. É um passo em direção ao futebol real.

Como temos visto recentemente, algumas equipes levam essas oportunidades um pouco mais a sério do que outras. Bill Belichick e seus New England Patriots foram penalizados com a perda de dois dias de treinamento organizado (OTA) porque seus treinos voluntários pareceram obrigatórios aos olhos da NFLPA, a associação dos jogadores da NFL (um tipo de sindicato que defende os direitos dos jogadores, e garantem que tais direitos estejam sendo respeitados pelos clubes). Esses tipos de penalidades foram aplicados várias vezes, incluindo aos Chicago Bears, Washington Commanders e Houston Texans em 2022 e aos Dallas Cowboys em 2021 e 2022. As equipes esticam os limites para obter o máximo dos OTAs, e isso nem sempre está de acordo com as regras.

Mas há muito a ganhar com os OTAs, independentemente da abordagem escolhida pela equipe. Vejamos o que as torna tão valiosas:

Praticando para praticar

As OTAs oferecem oportunidades para novos treinadores e equipes de scouts aplicarem suas teorias no campo. Esses novos staffs foram montados no papel e nas salas de aula durante a intertemporada, mas as OTAs são a primeira oportunidade delas se relacionarem e se comunicarem diretamente com os jogadores e os diretores de operações de futebol – preparadores físicos, pessoal de equipamentos e departamentos de vídeo – no campo.

Organizar exercícios e mesclar estilos de treinamento, trabalhar juntos e se comunicar é diferente quando feito em tempo real, seguindo um cronograma de treino. Novos treinadores precisam ter química entre si. Assim como os jogadores, eles precisam ser treinados antes de aparecerem diante da mídia e, em alguns casos, dos fãs, pela primeira vez. Acredite em mim, é diferente. Ajustar detalhes procedimentais é IMPORTANTE.

A intensidade pode variar, e isso é normal

Todas as equipes levantam pesos, treinam e se preparam, mas os padrões pelos quais fazem isso começam a ser estabelecidos nas OTAs. Já vi algumas equipes que eram tão relaxadas que me lembraram o Club Med. Já participei de outras em que eu ficava angustiado como gerente geral, apenas torcendo para não perdermos um jogador para lesão, três meses antes de nos alinharmos para valer, em um exercício que talvez realmente não importasse.

Por exemplo, lemos todos os anos sobre equipes que tiram um dia para jogar boliche ou programam uma atividade divertida fora do “escritório” no final da intertemporada. Mas para cada uma dessas equipes, há outra como quando eu estava em Miami. Tivemos uma briga intensa e agitada no último dia das OTAs, em meados de junho, que se assemelhava a uma briga de rua após o fechamento de uma boate às 3 da manhã. Para aquela equipe em particular, isso refletia a primavera difícil e física que tínhamos acabado de passar. Punhos e capacetes estavam voando, e jogadores do Hall da Fama como o defensor Jason Taylor e o linebacker Zach Thomas estavam bem no meio

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